O Programa Fantástico, da Rede Globo, mostrou como é o desvio de recursos em hospital público
Três dessas empresas são investigadas pelo Ministério Público por diferentes irregularidades. E, mesmo assim, receberam juntas R$ 500 milhões só em contratos feitos com verbas públicas. Uma licitação correta termina com a abertura dos envelopes das propostas para afinal se saber quem é o vencedor. Em uma licitação fraudada, os envelopes acabam assim, lacrados, porque já se sabe quem vai levar. A propina chega a atingir milhares de reais.
A Toesa Service, uma locadora de veículos, foi convidada para a licitação de aluguel de quatro ambulâncias. “Cinco. Cinco por cento. Quanto você quer?”, pergunta de imediato o gerente Cassiano Lima. Falando em um código em que a palavra “camisas” se refere à porcentagem desviada, ele aumenta a propina. “Dez camisa [sic], então? Dez camisa?“. David Gomes, presidente do conselho da Toesa, garante que o golpe é seguro e, o pagamento, é realizado em dinheiro ou até mesmo em caixa de uísque e vinho. A Toesa ganharia R$ 1,680 milhão pelo contrato. “Eu vou colocar o meu custo, você vai falar assim: ‘Bota tantos por cento’. A margem, hoje em dia, fica entre 15 e 20“, explicam Carlos Alberto Silva e Carlos Sarres, diretor e gerente da Locanty Soluções e Qualidade, convidada para a licitação de coleta de lixo hospitalar.
Fonte: Blog Lenilson do Agreste