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Monday, November 26, 2007

JORNAL DA CIDADANIA - Ano 05 - Nº 51 - BOA SAÚDE/RN/BRASIL - Dezembro/2007

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE BOA SAÚDE

No dia 11/12/2007 Boa Saúde completa 54 anos como município. Qual foi a conseqüência desse fato para os seus habitantes? De imediato foi poder conduzir o seu próprio destino, influindo na administração municipal, a partir da escolha dos seus dirigentes: prefeito, vice-prefeito e vereadores e, buscando o desenvolvimento e melhor qualidade de vida para os seus habitantes. O Jornal da Cidadania nesta edição trás um Caderno Especial sobre a emancipação política de Boa Saúde. Com ele queremos contribuir para que cresça na população, nas lideranças e nos governantes o sentimento maior de pertencer e de amor a nossa terra.
FELIZ NATAL

Feliz Natal é o que desejamos a todos. Nessa época do ano o sentimento de solidariedade aflora, de modo que ficamos mais sensíveis ao sofrimento e às necessidades dos outros. Parece até que nos tornamos mais humanos e, ainda, mais semelhantes ao Criador, condição que deveríamos assumir todos os dias e todas as épocas do ano. “Amai-vos uns aos outros como eu vos amo” não ficou para ser vivido apenas pelo Natal, mas em todos os dias da nossa vida
FIM DE ANO

Nos últimos dias de cada ano os jornais, revistas e TVs fazem uma retrospectiva dos acontecimentos que marcaram a vida do país e do mundo. Qual a retrospectiva que nós fazemos dos acontecimentos que marcaram a nossa vida, a comunidade e o nosso município? Qual a avaliação que nós fazemos dos fatos e aconteci-mentos que merecem destaque? Em primeiro lugar devemos destacar as coisas boas e o bem que praticamos, as vitórias e os sucessos que alcançamos. Mas, não dá para esquecer os contra tempos, os fracassos e insucessos ocorridos, para que sirvam de lição e não se repitam no ano novo.
A N O N O V O

Feliz Ano Novo desejamos a todos, num clima de muita festa e euforia. O dia primeiro de janeiro, Dia Mundial da Paz, nos convida para uma reflexão sobre o que temos feito pela paz na nossa família, na vizinhança, na comunidade e no município. Em primeiro lugar, devemos cultivar a paz em nós mesmos para podermos, com gestos e atitudes, esforço e trabalho, contribuir para que haja paz no ambiente onde vivemos. A paz está presente quando praticamos a solidariedade e a justiça, respeitamos os direitos dos outros, contribuímos para acabar com as desigualdades sociais, vencemos os preconceitos e respeitamos as diferenças. A paz é fruto do amor!

O Jornal da CIDADANIA deseja-lhes um NATAL de muita luz, fraternidade e paz! Que as bênçãos do Deus-Menino, no ano novo, nos conduza na busca de dias melhores para todos! Feliz 2008!

O NATAL SOMOS NÓS!

O Natal se aproxima trazendo sempre, a cada ano, a esperança de vida nova, de dias melhores, de sonhos e desejos atendidos no Ano Novo. É importante viver o Natal, em nosso coração, em nossa casa, nas relações com as pessoas.
Preparemos a nossa casa interna que é o nosso coração, o nosso espírito e preparemos também a nossa casa externa que é o lugar onde moramos com nossa família, onde repousamos e nos ajudamos uns aos outros...

A idéia e o sentido de Natal estão presentes em vários símbolos com os quais decoramos o nosso ambiente. Vamos usá-los, sim, para ajudar a criar um clima especial de Natal. Mas vamos usá-los sabendo interpretar o que eles significam e que mensagem nos transmitem para melhorar e fortalecer e decorar também a nossa casa interna. Não passe o Natal. Viva o Natal. Seja o Natal!!!
O Natal somos nós quando decidimos nascer de novo, a cada dia, nos transformando.
Somos o pinheiro de Natal quando resistimos vigorosamente aos tropeços e dificuldades da nossa caminhada na terra. Somos os sinos do Natal quando chamamos, congregamos e procuramos unir. Somos luzes do Natal quando simplificamos e oferecemos saídas e soluções para os problemas que nos afligem.

Somos presépios do Natal quando nos tomamos pobres para enriquecer a todos. Somos os anjos do Natal quando cantamos ao mundo o amor e a alegria. Somos os pastores do Natal quando enchemos nossos corações vazios com as riquezas de Deus. Somos estrelas do Natal quando conduzimos alguém ao caminho do bem, da justiça, da paz, da verdade, da solidariedade, do amor. Estes são caminhos do Senhor. Somos os Reis Magos quando damos o que temos de melhor, não importando a quem.
Somos as velas do Natal quando distribuímos luz e harmonia por onde passamos.
Somos Papai Noel quando criamos lindos sonhos nas mentes infantis. Somos os présentes de Natal quando somos verdadeiros amigos para todos. Somos cartões de natal quando a bondade está escrita em nossas mãos e as distribuímos através do correio da fraternidade.
Somos as missas do Natal quando nos tornamos louvor, oferenda e comunhão. Somos as ceias do Natal quando saciamos de pão, de esperança, qualquer pessoa necessitada. Somos sim, a Noite de Feliz Natal, quando abraçamos e desejamos ao outro, nosso irmão, todo o Bem que queremos para nós mesmos.
Desejo que os outros, não só vejam, mas sobretudo sintam em VOCÊ o Natal rico e abençoado que VOCÊ É. E a você desejo que o Menino Jesus lhe conserve assim.
Eri - Adaptado de autor desconhecido

CULTURA DO CAJU


A cultura do caju é uma das potencialidades de Boa Saúde. O município é um grande produtor de castanha com uma safra anual de mais de 400 toneladas. Essa produção na sua totalidade é comercializada sem nenhum beneficiamento deixando de gerar mais emprego e renda. Por outro lado a maior quantidade do falso fruto (a polpa) é desperdiçada, deixando de ser transformada em suco e uma grande variedade de produtos para alimentação humana e animal.
A cultura do caju pode apresentar resultados econômicos e sociais bem maiores se houver incentivo, assistência técnica e investimentos no setor. Uma medida adotada para obter melhor lucratividade é o cultivo do cajueiro anão precoce.
A produção média de um hectare de caju comum é de 240 quilos por hectare/ano, a mesma área plantada com caju anão precoce produz 1200 quilos. Além do aumento na produtividade, o retorno econômico dessa variedade é mais rápido, começa no terceiro ano após o plantio. Os cajueiros comuns atingem uma produção econô-mica do oitavo ano em diante.
O caju anão precoce também apresenta vantagens no manejo. Um cajueiro comum mede até 14 metros, dificultando a colheita dos frutos. O cajueiro anão precoce atinge no máximo seis metros, permitindo que o fruto seja colhido no pé.
Em relação à polpa do caju existem diversas formas de aproveitamento, além do suco concen-trado, doces, cajuína e vinho. Com o bagaço prepara-se a “carne” de caju que serve para fazer risoto, bife, almôndega, paçoca e moquequa, entre outras receitas salgadas. No Ceará algumas prefeituras já estão adotando esses produtos na merenda escolar, gerado mais emprego e renda para a população.

COMENTÁRIO:
Matuto said...
Mesmo sendo modesta a produção anual de castanha (400 ton), Boa Saúde já deveria ter Industria de beneficiamento de fruto e pendúculo do caju, porquanto existe produção nas cidades circunvizinhas que garantiria a viabilidade do projeto/empreendimento, desejo que algum empresário desperte interesse e/ou que se funde uma cooperativa que de algum modo dê andamento nesse empreendimento que com certeza gerará muitos empregos. Abraço.

CULTURA DA MANDIOCA


Que o município de Boa Saúde é um grande produtor de mandioca, ninguém duvide! Aí está uma prova: uma mandioca com pouco mais de 2 metros de comprimento. A cultura da mandioca no município é uma das suas potencialidades. No ano de 2002, Boa Saúde foi o terceiro maior produtor do Rio Grande do Norte, com 19.500 toneladas (*). O que está faltando para se tornar, também, um grande produtor de farinha?
(*)Fonte:IDEMA

JOVENS NÃO ACREDITAM NOS POLÍTICOS

Uma pesquisa CONSULT/TRIBUNA, divulgada em 21/10/2007, mostra o desencanto dos jovens com os políticos. Pelo menos, esse é o perfil dos estudantes universitários em Natal: 76,33% não acreditam nos políticos a nível nacional e 73,33% não acreditam nos políticos no plano local.
Analisando esses resultados, no mesmo artigo da Tribuna do Norte que publicou a pesquisa, a psicóloga Elza Dutra, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, assim se expressa: “Embora não exista hoje nenhuma revolta aparente, as coisas vão mudar em algum momento. Esses jovens estarão em breve no mercado de trabalho ou na carreira política e sabem que não pode continuar assim” Sobre a falta de esperança no futuro do País ela diz: “Fico muito preocupada ao saber de um resultado como esse e percebo que a ética está invertida e isso influencia diretamente no comportamento das pessoas. Essa desigualdade social implica em algo mais grave que é a percepção de que se isso não mudar, as pessoas começam a se adaptar ao que é errado, forçosamente, e esse resultado é preocupante. Se você não acredita na vida, você não vive e somos o reflexo de nosso País”. Segundo o jornal, ela acrescenta que a sociedade está vivendo um momento de depressão social: “A depressão é a perda do sentido, é cair no vazio e entrar num buraco que não se sabe como sair. Isso reflete na assustadora violência que presenciamos quotidianamente. A política está num centro sem saída, acredito que o depoimento desses alunos representa o espelho desse momento”.
Sobre o resultado da pesquisa, o estudante de Engenharia Elétrica, Antônio José, fez o seguinte comentário: “A gente é bombardeado de informações todos os dias sobre fraudes, políticos corruptos e isso vai tomando nossas mentes, vai cansan-do nosso futuro e presente”. A estudante de Direito, Sofia Freire, fez as seguintes considerações: “As pessoas precisam tomar consciência dos seus direitos e deveres. Acredito que os valores foram invertidos em diversos segmentos sociais. Ninguém acredita mais na política do jeito que está sendo feita hoje. Muita gente quer mudar, mas a maioria se acomoda em seus interesses pessoais”.
O Juiz Josoniel Fonseca, do Tribunal Regional Eleitoral comentou os resultados da pesquisa em artigo da Tribuna do Norte, publicado em 21/10/2007. Segundo o jornal ele considera que alguns motivos são explicáveis para essa falta de interesse dos jovens em relação a política. Primeiro a falta de resposta da elite dirigente quanto aos problemas sociais, políticos, culturais e econômicos que o País enfrenta hoje. “O Brasil hoje está em 12º na economia do mundo e no 53º doem qualidade de vida. Quando o jovem sabe disso ele se sente dividido num País repleto de desigualdade social”. E mais adiante o Juiz Josoniel faz o seguinte comentário: “Precisamos observar a essência da democracia, dando condições para que o povo consiga votar de uma maneira limpa. Hoje existe o abuso de poder econômico que continua disfarçado de boa intenção. Para mim, esse distanciamento dos jovens é preocupante e gera um egoísmo e imediatismo que consegue desfocar os valores”.

ELEITORADO JOVEM DO RN ESTÁ DIMINUINDO

Nas eleições de 2004 o Rio Grande do Norte tinha 102.929 eleitores na faixa etária dos 16 e 17 anos. Nas eleições, realizadas em 2006 a quantidade de jovens nesta faixa de idade caiu para 83.974 eleitores. (Fonte: Tribuna do Norte)

NESTE NATAL DÊ ARTESANATO DE PRESENTE


Você gasta pouco, demonstra bom gosto
e prestigia nossos artesãos.
BOX 13 – Centro Comercial.
Feliz Natal e próspero 2008 deseja-lhes a Associação dos Artesãos de Boa Saúde

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE BOA SAÚDE

Neste 11/12/2007 Boa Saúde está completando 54 anos de emancipação política. Começou como local de pouso, na primeira metade do século XIX, por conta do poço da Pedra Grande, no rio Trairi, e por conta da hospitalidade dos seus primeiros habitantes. Enquanto o poço oferecia condições de trato dos animais de montaria e de carga, Antônio Badamero, no começo, e depois, José Calazans e José Júlio ofereciam “arrancho” aos tropeiros nas suas idas e vindas entre o Agreste e o Sertão.
Localizado na data do Lerdo, no município de São José de Mipibu, o povoado em formação recebeu o nome de Boa Saúde, após a edificação de uma capela dedicada a N. S. da Saúde. A referida capela foi construída por iniciativa de Luiz Cachoeira, cuja imagem da santa mandou buscar na Europa, mais precisamente em Portugal onde teve origem a devoção a N. S. da Saúde.
Boa Saúde passou a fortalecer-se como povoado no início da década de 1930 contando com uma concorrida feira e com o cultivo do algodão, chegando a possuir duas descaroçadeiras. As principais lideranças daquela época eram José Heronides da Câmara e Manoel Joaquim de Souza (Neco de Sinhá). Em 1935 foram construídos o mercado público, o grupo escolar e a cadeia e, no ano seguinte passou a Zona Fiscal com a instalação de uma agência arreca-dadora. Em 1938 Boa Saúde foi elevada à cate-goria de vila, passando a ser administrada por um sub-prefeito.
A sua emancipação política ocorreu em 11/12/1953, com a denominação de Januário Cicco, em homenagem ao Dr. Januário Cicco, médico nascido em São José de Mipibu. As principais lideranças políticas que estiveram a frente do movimento pela sua emancipação foram: Antônio Augusto de Souza, Manoel Teixeira de Souza (Nezinho) e Manoel Ribeiro de Andrade.
Do dia da emancipação política até 11/12/2007 já se passaram 54 anos. Muita coisa mudou e ainda precisa mudar. Enquanto muitas pessoas se foram, outras chegaram. Enquanto umas passaram outras permanecem. E, cada uma deixando o seu “rastro”, segundo a sua vontade de contribuir e a sua possibilidade e capacidade de construir.
As gerações anteriores nos deixaram uma herança material (construções, espaços naturais, imagens sacras, obras de arte e outros bens de valor artístico e histórico) e imaterial (costumes, tradições, culinária, etc) que nem sempre sabemos valorizar e preservar. Boa Saúde, lamentavelmente, já perdeu grande parte do seu patrimônio, da sua memória. O que vamos deixar para as futuras gerações? Ainda há tempo para salvar o que resta deste legado e, construir um futuro bem mais próspero a partir da valorização e investimento no desenvolvimento das potencialidades do município e na preservação do seu meio ambiente.
Boa Saúde tem como uma das principais potencialidades o fato de 66% da população residir no meio rural, a maioria vivendo da agricultura familiar que, além dos produtos de subsistência, produz grande quantidade de mandioca que apenas parte é beneficiada no município e, a castanha de caju, um produto de exportação, cuja produção sai toda in-natura deixando de gerar emprego e renda, pela falta de beneficia-mento como acontece na Serra do Mel. A cultura do caju possibilita, ainda, a criação de abelhas para a produção de mel, uma atividade bastante lucrativa. Outro potencial que o município possui são as barragens localizadas no rio Trairi. A de Boa Saúde possibilitando o desenvolvimento do turismo e a de Guarani a criação de peixes. Esses são apenas alguns exemplos das possibilidades que o município possui para promover o seu desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições de vida à população.
José Alaí de Souza

BOA SAÚDE ONTEM E HOJE

Por ocasião dos 54 anos de emancipação política de Boa Saúde, o Jornal da CIDADANIA traz para o presente um pouco do seu passado e da sua história, fazendo um paralelo entre os prédios antigos, que não existem mais, e os mesmos espaços ocupados por novas construções.
Ao longo do tempo estamos perdendo o nosso patrimônio cultural, apagando a memória das gerações que nos antecederam e contribuíram para a formação, crescimento e desenvolvimento de Boa Saúde.
O nosso patrimônio cultural é constituído de bens materiais (construções, espaços naturais, imagens sacras e outros bens de valor artístico e histórico) e, de bens imateriais (costumes, culinária, folclore como o boi-de-reis e manifestações sócio-religiosas como a festa da padroeira).
Preservar esse patrimônio é uma obrigação de todos nós, principalmente dos poderes legislativo e executivo municipal. Ainda há tempo para resgatar e revitalizar aspectos da nossa cultura e do nosso folclore e para restaurar e conservar prédios públicos, como as antigas sedes da Prefeitura e da Câmara Municipal de Boa Saúde e, incentivar a restauração e conservação de construções particulares como: a pensão de Maria Júlio e a casa de Cirilo Alencar.
Um dos meios legais para proteção desse patrimônio é o tombamento feito através de Lei Municipal. No Rio Grande do Norte, além de Natal, outros municípios, como Caicó e Carnaúba dos Dantas, possuem esse tipo de legislação.
Texto e fotos de José Alaí de Souza



Construção da antiga Igreja de Nossa Senhora da Saúde - No mesmo local: Construção da Igreja atual


Construção do antigo Grupo Escolar Dr. Mário Câmara - No mesmo local: Prédio do Correio


Mercado antigo, construído em 1935 - No mesmo local: Construção do Centro Comercial


Casa e estabelecimento comercial de José Heronides da Câmara e Silva - No mesmo local: Construção de um calçadão.


Casas que pertenceram a Manoel Joaquim de Souza (Neco de Sinhá) - No mesmo local: casa de Manoel Teixeira de Souza (Nezinho de Souza)e prédios novos

NOVO DESTINO DO CALÇADÃO

Construídos entre o final da década de 20 e o início dos anos 30, do século passado, os prédios que serviram como residência e estabelecimento comercial de José Heronides da Câmara e Silva foram um marco, durante várias décadas, no desenvolvimento de Boa Saúde. Além de José Heronides Câmara e Silva, os referidos prédios serviram como residência e ponto comercial de Luiz Filgueira e Agenor Xavier que, também, muito contribuíram para o crescimento de Boa Saúde. Foi sob a liderança política de Heronides Câmara que o então povoado de Boa Saúde, em 1935, teve as construções do primeiro mercado, da primeira escola - o Grupo Escolar Dr. Mário Câmara - e da primeira delegacia de polícia.
Adquiridos pela Prefeitura na gestão do Prefeito José Aldo Barbalho(1970/1973), os referidos prédios serviram para funcionamento do CRUTAC, depois como sede da EMATER e outras repartições do município até que, pela falta de conservação, tornaram-se decadentes e serviram, inclusive, de moradia para algumas famílias que não tinham onde morar. Em janeiro de 2006, ao invés de serem restaurados, como mereciam, foram demolidos e no local foi construído um calçadão que vinha servindo, esporadicamente, para a realização de alguns eventos. Finalmente, em novembro de 2007, a Prefeitura descobriu uma maneira de ocupar permanentemente o local com a construção de réplicas de prédios antigos e a exposição de objetos e fotos que mostram e contam um pouco da nossa história. Esperamos que o aproveitamento do referido espaço ocorra de forma dinâmica, oferecendo à população e aos visitantes de Boa Saúde uma programação de eventos que contemplem as várias formas de manifestação da nossa cultura, nas diferentes épocas do ano.
José Alaí de Souza

CÓRREGO DE SÃO MATEUS: 44 Anos de Criação do Distrito

Ao completar 44 anos como Distrito, o Córrego de São Mateus recebeu uma homenagem em forma de livro, da Professora Terezinha Gomes de Oliveira Silva.
Iniciando com Decreto Lei 2929 de 24/09/1963, que criou o distrito, em seguida ela faz um resgate das famílias mais antigas: José Vicente da Silva e Joaquina Vicente da Silva; Antônio Ramos da Silva e Maria Ramos; os Inácios; os Bernardos; José Francisco de Oliveira e Maria Tereza de Oliveira e, Manoel Gomes da Silva e Filomena Gomes da Silva. Sobre as pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do Córrego ela destacou como parteiras: Antônia Bernardo, Tetê Marta, Joana Abelha, Maria Vicente e Maria Francisca da Silva; como rezadeiras: Maria Tetê, Joana Abelha, Chiquinha Bernardo, Maria de Chico e Nazaré Inácio; como rezadores: Manoel Pereira (Manoel Pandenga) e Manoel Terto. Destacou também a assistência à saúde por Lídio Jorge e Otacílio Barbosa em Boa Saúde. Sobre os transportes ela cita o cavalo e o carro-de-boi pelo início dos anos 1900 e destaca a época dos “mistos” de Luiz Francisco e de Manoel Costa. Só em 1969 surgiu o ônibus que fazia o percurso Sto Antônio/ Natal passando pelo Córrego.Quanto ao comércio ela registra como primeiros comerciantes: Robério Xavier do Nascimento e Zulima de Oliveira, seguidos por José Maria da Silva, José Ângelo, Antônio Mendes, José Averaldo Cabral e Gilvan Maruá da Silva.
Em relação à educação destaca Josefa de Oliveira Xavier como primeira professora nomeada pelo Estado e ela própria como a segunda. Como primeiros diretores: Terezinha Góes de Oliveira Silva, Maria das Neves Gomes e José Averaldo Cabral. O time de futebol mais antigo foi fundado em 1945 por Robério Xavier tendo como principais jogadores: José e Manoel Bernardino e, José Amorim. O artesanato tomha como principais atividades desde 1900: a louça de barro, os artigos de palha e as rendas de bilros de Maria Ferreira, Izabel Inácio, Rozalina e Josefa Calixta. O folclore teve como destaque o pastoril da família dos Inácios em 1950; o boi-de-reis de Manoel Pereira, Severino Inácio e Luiz Maria; os violeiros: José Pereira e Chico Pereira e o João Redondo de Valdomiro Pereira e de Manoel Luis. Sobre a religião ela diz que a primeira missa em Córrego de São Mateus foi no começo da década de 1950, no local da Igreja N. S. do Perpétuo Socorro. Depois foi construída a Igreja do Padroeiro, São Mateus. Concluindo o livro, a Professora Terezinha faz um registro das pessoas do Distrito que se destacaram como prefeito, vice-prefeito e vereador de Boa Saúde e as principais realizações das administrações municipais no Distrito.
O Córrego de São Mateus ganhou um valioso presente da Professora Terezinha que sempre esteve a serviço da educação e participando ativamente do desenvolvimento da comunidade.
José Alaí de Souza