O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o próximo dia 2 de
agosto o julgamento do mensalão, o maior escândalo que atingiu o
primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a denúncia
da Procuradoria Geral da República, o esquema envolvia pagamento de propina a
parlamentares para que, em troca, votassem a favor de projetos do governo. Os
acusados negam o 'toma lá, dá cá', mas muitos admitem que os valores pagos
tinham relação com o caixa 2 de campanha dos partidos, principalmente do PT.
Nas palavras do próprio presidente do STF, Ayres Britto, um
julgamento do ponto de vista técnico igual a qualquer outro, mas do ponto de
vista político e da sua extensão, algo insólito, inédito e desgastante.
O ]julgamento começa com a leitura de um relatório resumido pelo ministro-relator,
Joaquim Barbosa, e depois com a sustentação oral, de cinco horas, da
Procuradoria Geral da República (PGR), responsável pela acusação.
Mesmo com um
esforço concentrado, com sessões diárias, acredita-se que o julgamento do mensalão terminará apenas
em meados de setembro. Apenas como efeito comparativo, a análise do caso Collor – que foi julgado e inocentado em
1994 pelo crime de corrupção passiva no chamado ‘Esquema PC’ – é considerado
tão emblemático quanto o mensalão. Também neste caso foi necessário um esforço
concentrado, mas teve duração de quatro sessões do Supremo: cerca de 50 horas
de julgamento.
Fonte: Ig – Último
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